GLP-1 é um hormônio? Como isso funciona?

pessoas tratadas com glp-1 costumam comer menos sem sentir tanta falta
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Caio Vega

Última atualização

9 de setembro de 2025

Sim. GLP-1 é a sigla para peptídeo semelhante ao glucagon 1 (Glucagon-Like Peptide-1). Ele é um hormônio produzido naturalmente no intestino logo após a refeição e conversa com vários órgãos para organizar a digestão, o açúcar no sangue e a sensação de saciedade. Nos últimos anos, ficou famoso porque alguns medicamentos GLP-1 “imitam” sua ação e ajudam a tratar diabetes tipo 2 e obesidade — e, por consequência, podem ajudar a emagrecer quando bem indicados.

O que é GLP-1 (significado e origem)


  • Significado de GLP-1: peptídeo semelhante ao glucagon 1.
  • Onde o corpo produz: principalmente nas células L do intestino delgado; pequenas quantidades também atuam no cérebro.
  • Quando aumenta: após comer, especialmente refeições com proteína e fibras.

Em resumo: é um mensageiro natural que “avisa” ao organismo que a comida chegou e que é hora de processá-la com calma.

Função do GLP-1 no corpo (por que ele importa)


O hormônio GLP-1 faz quatro coisas centrais:

  1. Aumenta a insulina quando a glicose sobe — ajuda a baixar o açúcar no sangue.
  2. Reduz o glucagon — diminui a liberação de glicose pelo fígado.
  3. Retarda o esvaziamento gástrico — o alimento sai do estômago mais devagar, prolongando a saciedade.
  4. Age no cérebro — sinaliza que já comemos o suficiente, o que naturalmente reduz a fome.

Por isso, pessoas tratadas com essa via costumam comer menos sem sentir tanta falta e, com orientação profissional, perdem peso com mais consistência.

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“Onde encontrar o hormônio?” — no corpo e fora dele


  • No corpo: o GLP-1 natural é fabricado por você, após a refeição.
  • Fora do corpo: não existe “GLP-1 em alimentos” ou em prateleira. O que existe são medicamentos que ativam o mesmo receptor do GLP-1.

Importante: não confunda o hormônio GLP-1 (natural) com o medicamento GLP-1. O remédio não é o hormônio puro; ele imita sua ação.

Análogo x agonista do receptor: qual a diferença?


  • Análogo de GLP-1: molécula “parecida” com o hormônio.
  • Agonista do receptor de GLP-1 (GLP-1 RA): nome técnico da classe. “Agonista” significa ativar o mesmo receptor que o GLP-1 ativa.

Na prática, análogo e agonista acabam usados como sinônimos no dia a dia para se referir aos remédios que fazem o corpo “ouvir” um sinal semelhante ao do GLP-1, só que por mais tempo.

Principais medicamentos GLP-1 e nomes comerciais


  • Semaglutida: aplicações semanais ou versão oral (ex.: Ozempic®, Wegovy®, Rybelsus®).
  • Liraglutida: aplicações diárias (ex.: Saxenda®, Victoza®).
  • Dulaglutida: semanal (ex.: Trulicity®).
  • Exenatida: versões diária ou semanal (ex.: Byetta®, Bydureon®).

Todos exigem prescrição e acompanhamento médico. A escolha depende do objetivo (controle do diabetes, emagrecer com segurança), da rotina e da resposta do corpo.

Existe GLP-1 comprimido?


Sim. Há GLP-1 comprimido (semaglutida oral). Em geral, precisa ser tomado em jejum, com pouca água, e aguardar antes de comer — orientações que melhoram a absorção. A versão injetável costuma ser semanal, o que muita gente acha prático. Qual é “melhor”? Depende do seu caso, hábitos e tolerância: é uma decisão médica.

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E os “atalhos”? Chá, alimentos e truques “naturais”


  • Chá (verde, gengibre, canela) e alimentos ricos em proteína e fibras podem estimular de forma discreta o GLP-1 natural do corpo. Isso ajuda hábitos e pode favorecer saciedade — mas não substitui o efeito terapêutico de um agonista de GLP-1 prescrito.
  • Desconfie de promessas como “chá análogo de GLP-1” ou “GLP-1 natural em cápsula”. Não há evidência séria de que funcionem como medicamento.

Resumo: bons hábitos somam, mas não fazem o papel de um tratamento clínico quando ele é necessário.

Quem pode usar? Efeitos e cuidados


Uso típico: diabetes tipo 2 e/ou obesidade (ou sobrepeso com comorbidades).
Efeitos comuns (especialmente no início): náusea, sensação de estômago cheio, refluxo, alteração do ritmo intestinal, menos apetite.
Alertas: histórico de pancreatite, câncer medular de tireoide ou síndrome MEN-2, gravidez e lactação exigem avaliação cuidadosa — muitas vezes não é indicado.
Receita é obrigatória: são medicamentos, não suplementos.

Conclusão


Sim: GLP-1 é um hormônio natural, fabricado pelo seu corpo após as refeições. Os análogos/agonistas do receptor de GLP-1 são medicamentos que ampliam esse sinal para melhorar a glicose, a saciedade e — quando indicado — ajudar a emagrecer. Eles não são “atalhos mágicos”, e sim ferramentas eficazes dentro de um plano com orientação médica e mudanças de estilo de vida. Informar-se bem e acompanhar de perto tornam o tratamento mais seguro e sustentável.

Qual a diferença para inibidores de SGLT2?

GLP-1 age em apetite, estômago e pâncreas; SGLT2 age nos rins, eliminando açúcar na urina. Médicos podem combinar as classes.

Posso “tomar por conta”?

Não. Precisa de avaliação e receita para escolher o melhor agonista do receptor de GLP-1, dose e ajustes.

Comprimido ou injetável?

Depende da sua rotina e resposta. Converse com o profissional que te acompanha.

GLP-1 ajuda a emagrecer mesmo?

Sim, porque reduz a fome e melhora o controle metabólico. O resultado é melhor quando vem junto com hábitos e acompanhamento.

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